sábado, 31 de outubro de 2009

A PAZ QUE TRAGO NO MEU PEITO

A paz que hoje trago no meu peito é diferente da paz que um dia sonhei ...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai-nos mostrando que a paz é o resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou pelo menos, se tentou...
Ter paz é assumir as responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que nas suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não, quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
Ter paz é ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago no meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insectos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago no meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.
Às vezes, para manter a paz que hoje mora no teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
Lembra-te de usar o silêncio:Quando ouvires palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência te procura.
Quando a ofensa te golpeia.
Quando alguém se irrita.
Quando a crítica te fere.
Quando escutas uma calúnia.
Quando a ignorância te acusa.
Quando o orgulho te humilha.
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.

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